Anos 2000
Em prosseguimento, “Rosas X Universo”: vegetais carnais de sensualidade e prazer, que se refletiram nas esculturas de metal, camurças e veludos. Em 2003, as esculturas, numa releitura de suas obras dos anos 80, cobriram-se de pinturas em céus nebulosos e vista terrestre do espaço. É a total simbiose do planeta e o homem. Ao completar seu discurso, as rosas cobriram-se de espinhos, em sua pele, âmago e dissolução. Nas aquarelas “Os Estranhos”, essas mesmas rosas invadem o ser humano e tornam-se suas cabeças, em expressões faciais de bocas e dentes ponteagudos. Após isso, Pietrina passou a mergulhar os corpos na água, expondo suas deformações através da infração da luz ou do espelhamento na superfície. A água passa a assumir formas humanas nas obras “Planeta água” e a sequência das pinturas azuis de “Viemos do Mar”. No final da década, os corpos se espraiam na margem do mar em “Paraíso Tropical”, desta vez contrapondo-se languidamente à paisagem de um Rio de Janeiro, como visto por ela em sua chegada ao Brasil, em 1954.